Webconferência sobre Educação reúne mais de 280 participantes

| Assessoria de Comunicação

O retorno das atividades escolares foi o tema do encontro virtual entre prefeitos, secretários e equipes técnicas da Educação Municipal e Estadual, que contou com a participação de mais de 280 pessoas. É consenso no grupo que o retorno só se dará quando houver segurança para a comunidade escolar. Nos próximos dias, o Protocolo Sanitário elaborado pela Secretaria de Saúde (Sesa) será apresentado para que receba as contribuições dos municípios.

Outro ponto é a dificuldade do acesso dos alunos às aulas online por todo ES. Outros encontros serão realizados a fim de encontrar soluções que garantam o acesso ao Ensino. Durante o encontro, a Associação ratificou a nota técnica apresentada pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e sugeriu a ampliação do Grupo de Trabalho (GT) estabelecido pela Secretária de Estado da Educação (Sedu).

A procuradora-geral do Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES), Luciana Andrade, foi quem iniciou a reunião explicando sobre o “Pacto Pela Vida” e a audiência pública que será realizada nos próximos dias com o objetivo de sensibilizar a população quando à prevenção do novo coronavírus (Covid-19). “Precisamos envolver a população nessa causa, pois muitos ainda não acreditam na gravidade da doença. Temos que fazer um movimento que contagie mais pessoas”, explicou ela.

Logo após, foi convidado a falar o secretário Estadual de Educação, Vitor de Angelo, que pontuou a importância de se fazer planejamentos de um possível retorno às aulas. “Temos que levar em conta que estamos no meio de uma pandemia e que esse fator externo tem mudado tudo nas nossas vidas e isso exige muito de nós. Junto com as demais entidades, trabalharemos com um calendário baseado em datas, para um possível retorno”.

O presidente da Undime na Região Sudeste, Vilmar Lugão de Britto, falou sobre as dificuldades na educação. “Temos 700 mil alunos nas redes municipais do estado e levar conteúdo pra essas crianças tem sido uma grande dificuldade. Os municípios tem se reinventado e parabenizamos os secretários por isso. Porém, a pandemia veio para escancarar a diferença social que temos e precisamos buscar formas para diminuir tal impacto”, explicou.

Para uma fala sobre o cenário nacional, foi convidada a consultora de Educação da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Selma Maquiné. Ela falou sobre a queda na arrecadação dos municípios. “Há uma queda visivelmente alta na arrecadação dos municípios, como o Fundeb. Por isso, precisamos de uma adoção responsável neste cenário de incertezas. Uma relação de cooperação e diálogo é fundamental. Este é um desafio muito grande para os nossos gestores”, concluiu.

Chegando no encerramento da reunião, os representantes municipais tiveram a fala. O prefeito de Santa Teresa, Gilson Amaro, disse que a pandemia tem sido desafiadora nos municípios e que as questões devem ser resolvidas no diálogo. A secretária de Educação, Adriana Sperandio, afirma que os profissionais precisarão de treinamento para lidar com essa nova fase e que, no caso das séries iniciais, os processos educativos não valem apenas com tecnologia.

O prefeito de Mimoso do Sul, Angelo Guarçoni, afirma que as aulas devem voltar apenas com um protocolo seguro de segurança e que, em seu município, ainda estão buscando formas de equilibrar as receitas. A prefeita de Montanha, Iracy, questionou como os municípios irão adquirir EPIs e como poderão oferecer o serviço de educação para todos os alunos da rede pública.

O presidente da Amunes, Gilson Daniel Batista, encerrou a reunião falando que manterá diálogo com as entidades para dar encaminhamento às questões levantadas e falou também, sobre a queda de recursos. “Nossos municípios perderam mais de 174 milhões em recursos e precisamos buscar formas de utilizar os valores recebidos da melhor forma possível. Precisamos dialogar mais e entrarmos em um consenso sobre todas as necessidades neste momento difícil”, concluiu.

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