CNM se reúne com o Banco do Brasil para pedir fim de fechamento de agências em Municípios

Confederação encaminhará um ofício para o Banco do Brasil pedindo a reavaliação do fechamento das agências

| Assessoria de Comunicação

“O Banco do Brasil tem, acima de tudo, uma função social nos Municípios”. Foi assim que o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Glademir Aroldi, abriu a reunião com o Banco do Brasil (BB) nesta quinta-feira, 15. O tema foi o fechamento de agências do Banco em pelo menos 133 Municípios do país.

Ao lado de Aroldi, presidentes de entidades estaduais participaram da reunião e puderam oferecer informações sobre as realidades locais para a diretoria-executiva do BB. O primeiro a falar foi o presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Hugo Wanderley. "Os Municípios têm suas folhas de pagamento vinculadas ao Banco do Brasil. Só em Alagoas, que tem 102 Municípios, teremos a perda de mais de dez agências. Ou seja, vamos perder mais de 10% das agências do Estado de Alagoas", comentou Wanderley.

Nesse mesmo sentido, o presidente da Associação Mato-Grossense de Municípios (AMM), Neurilan Fraga, lembrou da importância do Banco para as pequenas cidades. “Nos assusta muito o fechamento de agências. No meu pequeno Município, onde já fui prefeito, ajudei na instalação do Banco do Brasil. Criamos um posto avançado do BB, que hoje é uma agência. Nós assumimos o compromisso e colocamos toda a nossa folha de pagamento lá. Peguei os produtores rurais e levei para abrir conta e, de repente, aquela agência está na lista para fechamento”, pontuou.

O presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe, José Patriota, destacou a necessidade de agências em funcionamento para as pessoas do interior de seu Estado. “Ainda se opera no interior do Nordeste com dinheiro em espécie. Tem vários negócios que se fazem com dinheiro vivo. As feiras populares são um exemplo disso. Vocês não imaginam como é a vida real das pessoas. Quando vêm essas medidas, feitas de forma fria, atinge a vida das pessoas", alertou Patriota.

Situação que não é diferente em outras localidades. De acordo com o BB, 95,5% dos Municípios do país contam com algum tipo de serviço do banco. O Conselho Político da CNM destacou que é por meio do Banco do Brasil que os servidores locais recebem seus salários, além de ser por meio da instituição financeira que são repassados recursos, com destaque, por exemplo, para o Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Aroldi lembrou da função social que o banco público tem em operar nas pequenas cidades. “Nesses Municípios temos uma população envelhecida, que frequenta igreja e que gosta de ter contato com o banco. Os nossos gestores locais estão sofrendo uma pressão absurda por parte da sua população", destacou.

Por parte do BB, o vice-presidente de Agronegócios e Governo, João Pinto Rabelo Júnior, participou da reunião. O executivo garantiu que o Banco do Brasil irá discutir e estudar os casos pontuais que impedem o fechamento das agências em determinados Municípios. O fechamento dessas agências foi decidido dentro do Banco do Brasil depois de uma série de estudos, mas esse tipo de situação, como apontado pelas entidades, nos traz as flexibilidades necessárias para orientar a decisão”, afirma Rabelo.

Ficou acordado na reunião que a CNM irá encaminhar um ofício para o Banco do Brasil na próxima quarta-feira com o pedido para reavaliação do fechamento das agências. Os detalhes serão acordados dentro da reunião do Conselho Político da CNM, que será realizada na próxima segunda-feira, dia 19 de abril.

Texto: Comunicação CNM

Compartilhar Conteúdo