Cariacica completa 131 anos!

Apesar da data de emancipação política do município ser oficialmente no dia 30 de dezembro, Cariacica comemora seu aniversário junto ao dia do padroeiro da cidade, São João Batista, celebrado em 24 de junho. Isso se dá, pois foi criada a Lei Municipal (Le

| Assessoria de Comunicação

 

Cariacica reflete a miscigenação brasileira e sua formação agrega povos indígenas, negros e imigrantes europeus. Segundo os antigos habitantes, o nome surgiu da expressão “Cari-jaci-caá”, utilizada pelos índios para identificar o porto onde desembarcavam os imigrantes. Sua tradução é “chegada do homem branco”.

Embora o município de Cariacica tenha sido criado pelo Decreto Nº 57, em 25 de novembro de 1890, apenas na década de 40 do século passado sua população observou aumento considerável. A característica rural do município também começou a ser alterada de forma importante nesta mesma época, até se tornar um município urbano.

A cidade reúne o urbano e o rural em plena harmonia e de forma sustentável. O centro urbano abriga grande área comercial e cerca de 96% da população, mas a região rural se estende por uma ampla área do território e é marcada pela diversidade natural, principalmente aos pés do Monte Mochuara.

Embora a sede do município esteja localizada à 15,8 Km da capital, trata-se de uma sede histórica de característica rural. Desde o início do século passado, as atividades estritamente agrícolas foram sendo substituídas por atividades de apoio à comercialização a transporte de mercadorias e, consequentemente, localizando-se nas regiões próximas às instalações da VALE. Cerca de 96% da população cariaciquense está concentrada na área urbana, mas por outro lado, possui 56% de suas terras localizadas na área rural onde reúne boa parte do interesse ambiental e turístico, como o imponente Mochuara, símbolo do município de Cariacica.

Carnaval de Congo de Máscaras
Uma das mais importantes manifestações folclóricas do município é o Carnaval de Congo de Máscaras.

De acordo com a cultura popular, a tradicional festa surgiu a partir das procissões locais que eram feitas em Cariacica em homenagem a Nossa Senhora da Penha. Diante da dificuldade de locomoção até o Convento da Penha, os moradores decidiram homenagear a santa saindo pelas ruas da localidade em procissões animadas por tambores de congo. Com o passar dos anos, a festa cristã organizada pelos brancos misturou-se às raízes negras e indígenas, dando origem ao carnaval. Hoje é uma das festas mais singulares do folclore capixaba.

Há relatos populares que as máscaras eram usadas pelos antigos escravos (Roda d’Água era uma área de quilombo), que queriam participar da festa,mas não podiam ser reconhecidos. Com o passar do tempo, o uso das máscaras passou a ser uma brincadeira. Os moradores da região que hoje participam da festa, somente retiram a máscara ao final da celebração revelando sua identidade. João Bananeira é o personagem mascarado mais popular e característico do Carnaval de Máscaras de Roda D’Água, sendo um elemento folclórico fundamental para caracterizar a diferença e a originalidade das bandas de congo locais. Ele representa a alegria e a resistência cultural do povo de Cariacica.

As bandas de congo são grupos musicais típicos do Espírito Santo e diretamente ligados à cultura religiosa local. Eles costumam se apresentar devidamente uniformizados em festas religiosas que homenageiam, além de Nossa senhora da Penha, São Pedro, São Benedito, São Sebastião e outras ocasiões festivas. Os grupos são formados por homens, mulheres que cantam, dançam, tocam tambores, caixa, cuíca, chocalhos, ferrinho, pandeiros,apitos e casacas. Normalmente um dos membros do grupo carrega um estandarte que caracteriza o grupo e o santo do qual são devotos. Vale ressaltar que apesar do congo pertencer ao folclore capixaba e ser encontrado em todo Estado o Carnaval de Congo de Máscara é uma manifestação singular, realizado apenas na região de Roda D’Água em Cariacica.

 

Texto: Prefeitura de Cariacica.

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