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Vila Pavão completa 31 anos de emancipação
| Assessoria de Comunicação

Vila Pavão completa, no dia 1º de julho, 31 anos de emancipação. Alguns observadores atentos afirmam que o município já alcançou os 10 mil habitantes, dos quais 78% residem na zona rural. Quem vem ao município fica impressionado com a tradição cultural do povo, suas belas formações rochosas, sua culinária e várias outras peculiaridades que dão ao município características muito especiais.
Com uma forte agricultura familiar, com predominância das lavouras cafeeiras em renovação, pecuária em expansão, e a suas diversificadas jazidas de granitos, em especial, o Verde Pavão e o Granulado só existentes na cidade, muito disputadas pelo mercado Europeu, o município, guardadas as proporções, vem se destacando no cenário econômico e cultural capixaba.
Emancipado de Nova Venécia no dia 01 de julho de 1990 (dia do plebiscito, também considerado o “Dia da Cidade”), o município foi colonizado na década de 1920 por caboclos que fugiam da seca do sertão, madeireiros e depois de 1940, quando chegaram algumas famílias de descendência afro, italianas e a maioria pomerana. O nome “Vila Pavão” foi colocado por tropeiros que pernoitavam na única casa do “pavão” existente na encruzilhada onde hoje fica o centro da cidade, que tinha em sua varanda o desenho dessa ave.
Um pouco de história
Um pedaço de tábua na parte interna do lábio inferior. Essa era a característica marcante dos índios Botocudos, nativos habitantes do município que hoje é conhecido como Vila Pavão. Esses nativos viveram tranquilamente aqui, até serem expulsos pelos brancos.
A construção da ponte sobre o Rio Doce, em Colatina, e a abertura da estrada que liga Nova Venécia a Vila Pavão, em 1940, foram as obras que desencadearam o povoamento e a colonização do município. Os tropeiros e caminhoneiros faziam divulgação “das terras quentes” aos imigrantes pomeranos e italianos no Sul do Estado e nas regiões de limite com Minas Gerais. Foi isso que atraiu grande número de descendentes pomeranos e alguns italianos para o local.
Cultura
A Pomitafro, considerada um grande evento de integração étnico-cultural do Brasil foi criada pelos professores do Centro de Integração de Educação Rural /CIER em 1989. A Pomitafro saiu das iniciais de POMeranos, ITAlianos e aFROs, principais colonizadores do município e que visa resgatar a identidade histórica e cultural do povo capixaba.
Grupos Folclorísticos
Em 15 de maio de 1988 o Grupo Folclórico Pomerano de Vila Pavão foi consolidado oficialmente, e pessoas como Vadecir Berger, Lenira Ramlow e através do incentivo do sociólogo Jorge Kuster Jacob tornou – se possível o sonho. Os primeiros ensaios foram realizados na Igrejona. A partir daí começaram então as apresentações, quando o grupo recebeu em 1989 o primeiro convite: apresentar – se -se no dia das mães no CEIER _ Centro Estadual Integrado de Educação Rural. Mesmo com um traje improvisado, o grupo foi reconhecido e aplaudido pela proposta que estavam desenvolvendo. Estava lançada a chama inicial do movimento POMITAFRO que surgiu no CEIER, que fez de Vila Pavão um município conhecido por suas atividades culturais.
Em 1994 surgiu o Grupo de Tradições Folclóricas Italianas “Piccolo Pavonne”, formado por um grupo de pessoas interessadas em resgatar a cultura italiana que estava se perdendo junto aos descendentes. Dentre os seu fundadores merecem destaque Leila Simonassi, Luciene Timm Paganoto, Libian Timm Paganoto Rossim e Marcos Pratissoli. Em 2004 devido a ampliação e a valorização do resgate da cultura italiana no município de Vila Pavão – ES, criou-se então no dia 3 de abril de 2004 o Centro de Cultura Italiana de Vila Pavão, o CECIVIP. O Grupo Piccolo Pavone é um dos melhores e mais respeitados grupos de danças folclóricas do ES. Desde a sua formação já realizou cerca de 800 apresentações.
Texto: Comunicação de Vila Pavão.
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