A família Lamberti, pioneira com o sucesso de queijos no município, tendo sido reconhecida inclusive a nível estadual ganhando vários prêmios, hoje também aposta na produção de uma das paixões mundiais, o chocolate.

Com a filha primogênita à frente do negócio, Mary Ellen Lamberti, a ideia surgiu com a sua paixão por chocolates. E na curiosidade de como se realiza a produção, ela investiu no denominado “Bean to Bar”, que significa o produto do grão à barra, ou seja, sem adição de conservantes, aromatizantes e demais incrementos para grandes escalas, possuindo apenas três ou quatro ingredientes básicos (dependendo do teor).

A mini fábrica está localizada na comunidade da Matutina, zona rural, em um cômodo acoplado à residência da chocolate maker Mary, a aproximadamente sete quilômetros da sede.

Dos testes iniciais até a compra de um equipamento específico para a fabricação como uma melanger de quatro quilos e meio, o investimento ainda teve muitas pesquisas e diálogos com outros profissionais para chegar no atual patamar. A pequena melanger, utilizada para refino e conchagem do chocolate, passou a não atender mais a demanda, necessitando de um aparato maior e adequações quanto às exigências sanitárias. Foram investidos em reformas, utensílios domésticos e mais equipamentos, incluindo outras duas melangers de capacidade para seis e dez quilos por porção de chocolate.

Os cuidados desde a chegada dos grãos até a embalagem final são grandes, e há uma proposta pertinente quanto a valorização dos produtos, sendo eles artesanais, mais sustentável e menos industrializados, empregando qualidade ao negócio.

Os produtos finais são deliciosas barras de chocolates de 25 e 100 gramas, bombons maciços, gotas de chocolates e frutas secas banhadas no chocolate, em quatro teores: 40% branco e 45% ao leite (com as opções zero lactose) e 57% e 70% cacau. Quanto a mais opções, atualmente novidades como pé-de-moleque coberto com chocolate e a pasta de amendoim 100% natural podem ser encontradas no comércio e encomendadas para diversificar as propostas aos consumidores.

A aceitação no mercado é promissora e isso se dá pelo sabor do chocolate, mais apurado, puro, com alta proporção de cacau. Os chocolates são comercializados nos mercados locais da cidade e em outros municípios vizinhos graças aos consumidores, justifica Mary Ellen Lamberti: “As pessoas buscam por uma qualidade de vida melhor, começando pela alimentação. Elas buscam produtos mais naturais, leem sobre os ingredientes e o que eles causam em seus corpos. Elas são bem informadas”.

Na mesma conversa, Mary relata suas expectativas em expandir a produção, aumentando a fabricação e conquistando novos territórios.

“No início, como todo o empreendimento, o incentivo não era um dos melhores, mas como sabemos, precisamos ‘fazer para crer’. Foi o que aconteceu. Apesar do momento ao qual nos encontramos, falo no cenário da economia geral, com os insumos subindo disparadamente, temos expectativas positivas em aumentar e expandir as vendas para outros municípios, gerando assim mais empregos também. E quem sabe, em um momento, não tão distante, ampliar a mini fábrica.”

Ela finaliza contando sobre suas conquistas até hoje.

“Me sinto grata por ter alcançado meu objetivo que era produzir o chocolate, mas me sinto na obrigação de sempre buscar mais conhecimentos e incentivar mais pessoas a consumirem nossos produtos.”

Texto: Comunicação de Itarana.