SEDH, SEDU e AMUNES celebram os 15 anos da Lei Maria da Penha com palestra

| Assessoria de Comunicação

 

A cada dois minutos uma mulher é vítima de violência doméstica e familiar no Brasil. E durante a pandemia, uma em cada quatro mulheres acima de 16 anos afirmaram que sofreram alguma forma de violência neste período. Esses são resultados de pesquisas realizadas pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Esses dados reforçam a importância da criação de políticas públicas para a prevenção destes casos e para o cuidado e proteção das mulheres em situação de vulnerabilidade. Foi pensando nisso e na representatividade do dia 07 de agosto, dia da criação da Lei Maria da Penha, que a Secretaria Estadual de Direitos Humanos (SEDH), a Secretaria de Estado da Educação (SEDU) e a Amunes, realizaram encontro virtual. O evento foi realizado na manhã desta terça-feira (17) com a palestra “O processo pedagógico no enfrentamento às violências contra as mulheres”, ministrada pela Professora Doutora Erineusa Maria da Silva.

A subsecretária de Políticas para as Mulheres da SEDH, Juliane Barroso, fez a abertura do evento falando sobre a importância deste momento para a construção humana. “Estamos aqui hoje porque muitas outras mulheres nos antecederam na luta por direitos de promoção da vida. Espero que este seja um momento para provocar inquietações e impulsão para a construção de outras relações, e que sirva de estímulo para pensarmos em práticas nas nossas escolas para relações mais igualitárias”.

Em seguida, a diretora da Diretoria de Políticas para as Mulheres da Amunes, Ana Izabel Malacarne, apresentou exemplos do município de São Domingos do Norte, onde é prefeita. “A Lei Maria da Penha completou 15 anos, mas parece que todos os dias estamos começando novamente a nossa resistência. Aqui em São Domingos do Norte temos vários casos de violência doméstica e estamos fazendo um trabalho conjunto para encorajar essas mulheres a denunciarem seus agressores. Para isso, precisamos que a saúde, a assistência social e a educação trabalhem juntos neste processo”, concluiu.

Também estava presenta a subsecretária de Estado da Educação Básica e Profissional da SEDU, Andréa Guzzo. André explanou a influência da escola na formação social da sociedade. “A escola tem que ser lugar de enfrentamento, a começar pelo currículo, que incluiu princípios e valores. A criança precisa entender o que é violência desde cedo, para que não reproduza isso futuramente, como se fosse algo normal. Para isso, precisamos debater mais e fortalecer as políticas públicas em favor das mulheres”.

A gerente de Políticas Públicas para Mulheres da SEDH, Bernadete Baltazar, foi a mediadora do encontro e fez uma fala que antecedeu a palestra da Professora Doutora Erineusa. “Não tem como pensar em políticas para as mulheres e não pensar em educação. Precisamos capacitar os professores e educar nossos alunos, porque prevenção é educação. Precisamos fazer mudanças radicais e profundas na nossa sociedade”.

Durante a palestra, Professora Erineusa, apresentou exemplos de como a educação na escola e o relacionamento familiar contribuem para a construção da sociedade e o reflexo disso no Brasil. “A violência de gênero é social, cultural, econômica e política. E ela não atinge apenas nós mulheres, mas também transgêneros, lésbicas, cis. Vale lembrar que a criação da Lei Maria da Penha veio para tornar mais rigorosa a punição em casos de violência, porém, não adianta eu falar para o homem que ele será punido e falar para a mulher que existe uma lei que vai protegê-la, se eu não trabalhar desde o inicio com o sentimento de humanidade. Para isso, precisamos também capacitar nossas equipes educacionais e ensinar nossas crianças”.

O evento que durou aproximadamente 1 hora e 40 minutos contou com dados desta realidade no Brasil e promoveu grande reflexão para os participantes. A live ficará salva no canal da SEDU Digital no YouTube.

Compartilhar Conteúdo