NOTÍCIAS
Gastos com novos municípios podem superar R$ 3 milhçes por ano
A criação de quatro novos municípios no Espírito Santo, seguindo as regras aprovadas pelo Senado esta semana, poderá resultar em gastos de R$ 3,1 milhçes por ano só com salários de vereadores e prefeitos. As novas cidades ainda teriam de desembolsar recur
| Assessoria de Comunicação
O cálculo considerou apenas as quatro regiçes com mais de 12 mil habitantes – mínimo previsto no texto do Senado – três que já entraram com pedidos de emancipação na Assembleia Legislativa e uma que está recolhendo assinaturas com esse fim. São elas: Guriri, em São Mateus, com 12 mil moradores; Santa Cruz, em Aracruz, com 15.314; Campo Grande, em Cariacica, com 12.897; e Grande Jucu, em Vila Velha, com 80 mil habitantes, incluindo Terra Vermelha, Barra do Jucu, Ponta da Fruta e a zona rural.

Se criados hoje, levando em conta o que diz a Constituição sobre número e salário de vereadores, Campo Grande e Guriri teriam nove; e Santa Cruz, 11, todos com salário máximo de R$ 6 mil. Já a Grande Jucu poderia ter 15 edis com remuneração de R$ 8 mil. Para os prefeitos foram considerados os ganhos dos atuais que comandam as cidades que seriam desmembradas.
Para evitar a “farra dos municípios†que levou à alteração das regras, em 1996, o texto aprovado exige o mínimo populacional de 5.997 moradores no Norte e Centro-Oeste; 8.396 no Nordeste; e 11.995 no Sul e Sudeste. Esse número será automaticamente reajustado à medida que a população cresça no país e, além do novo município, o preexistente também deverá cumprir essa exigência.
A proposta aguarda a sanção da presidente Dilma Rousseff (PT) e prevê que as emancipaççes ocorram até o final do ano anterior à s eleiççes municipais. Também são exigidas assinaturas de 20% dos eleitores residentes no local afetado; e a realização de Estudo de Viabilidade Municipal (EVM) que comprove a capacidade do novo município e do antigo para cumprir as exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
O EVM deverá ter ampla divulgação e após sua aprovação a Assembleia pedirá ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a realização de um plebiscito para consultar os moradores dos municípios envolvidos. Se rejeitada em plebiscito, a criação só poderá ser avaliada de novo após o prazo de 10 anos.
Viabilidade
Na Assembleia há pedidos de 12 regiçes para se emanciparem no Estado, mas apenas Santa Cruz, Guriri e Campo Grande têm mais de 12 mil moradores. Das outras nove, a que é apontada como mais viável, mesmo com menos habitantes que o exigido, é a do distrito de Aracê, Domingos Martins, que quer criar Pedra Azul do Aracê.
Até mesmo o presidente da Associação dos Municípios do Estado (Amunes), Dalton Perim, que considera que as emancipaççes “são propostas inviáveis e equivocadasâ€, avalia que a criação de Pedra Azul do Aracê pode ser viável. “Pedra Azul fica a 60 km da sede de Domingos Martins, tem potencial econômico para se desenvolver e área expansívelâ€, afirma.
Sobre as demais, Perim diz que “nada justifica que uma região afastada 10 ou 15 km do centro administrativo queira se emanciparâ€. “Serão mais cidades para se repartir o Fundo de Participação dos Municípiosâ€.
Fonte: A Gazeta
Compartilhar Conteúdo