Cerca de 3 mil prefeitos se reúnem em Brasília em busca de soluções para a crise nos Municípios

Luciano Pingo está representando o Espírito Santo na mobilização

| Assessoria de Comunicação

Está acontecendo, em Brasília, a mobilização municipalista em busca de soluções para a grave crise financeira. O encontro começou ontem (3) e segue até o fim do dia de hoje (4) e o presidente da Amunes e prefeito de Ibatiba, Luciano Pingo, ao lado de diversos prefeitos capixabas, participam da programação e das discussões. 

“Esse auditório tem quase três mil prefeitos e isso mostra que essa mobilização tem força e nossa luta vai levar melhorias para os cidadãos que estão lá em nossos Municípios”. A fala foi feita pelo presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, durante a abertura da Mobilização Municipalista. 

O líder do movimento municipalista iniciou a mobilização reforçando a programação para os dois dias de evento. “Vamos ter uma programação grande e nem sempre podemos estar todos juntos, por isso, vamos nós [diretoria da CNM e Conselho Político] lá em 20 ou 30 para representar todos”, explicou Ziulkoski sobre as reuniões com a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU), que aconteceram na tarde de terça (3)”, explicou Ziulkoski. 

O presidente frisou que os problemas enfrentados pelos gestores municipais há anos se agravaram com o atual cenário de queda do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). “A crise não é conjuntural, não é só do FPM, ela é estrutural, ela vem de uma soma de questões que fizeram com que chegássemos a esse ponto”, lembrou. Ziulkoski colocou ainda em votação dos prefeitos a proposição de buscar uma agenda com o Executivo. “Quero colocar em votação dos senhores se vamos até o Palácio do Planalto ou se preferirem podemos convidá-los para vir aqui nos ouvir. Entendemos que essa é uma agenda importante”, explicou o presidente da CNM. 

O presidente da CNM foi incisivo ao explicar que eles estão em Brasília para mostrar a força do movimento municipalista. “Estamos aqui em paz, em busca de soluções para enfrentar essa crise, esse cenário, não precisamos usar armas, precisamos nos unir e mostrar nossa força”, destacou Ziulkoski. Ele destacou que a Confederação ganhou espaço na mídia nacional e que a imprensa tem buscado cada vez mais a CNM como fonte de informação sobre as questões municipalistas. 


Estudos da CNM sobre a crise

O presidente da CNM apresentou dados da crise e contou com apoio de especialistas da entidade de diversas áreas como Educação, Saúde e Assistência Social. Eles falaram sobre o impacto que cada uma das pastas têm nas administrações municipais. “Cada um de vocês vai receber uma cópia desses dados que estamos divulgando hoje. Esses estudos mostram essa realidade. Vocês precisam ter isso em mãos para mostrar para a população dos senhores”, explicou o líder. 

O presidente exemplificou e resumiu alguns dados do levantamento feito pela CNM que mostrou que apenas na Assistência Social, o orçamento da União para 2023 é o mesmo de 2015 para o Sistema Único de Assistência Social (Suas). Ele falou que as principais dificuldades estão relacionadas ao subfinanciamento e à insuficiência de recursos. 

Enquanto na área da Saúde, os especialistas destacaram que todos os Estados do país, os Municípios juntos destinam à área de saúde mais do que 15% do orçamento, percentual mínimo obrigatório. Em 2022, a média nacional ficou em 22,27%. Além disso, cerca de 1,5 mil Municípios – que representam 27% das cidades do Brasil – aplicam percentuais acima de 25%. “Para levar saúde básica à população na ponta, os Municípios pagam uma conta alta”, lamentou o presidente da CNM. 

Na educação, o presidente falou sobre as obras paradas que impedem o funcionamento de creches e escolas, por exemplo. Um outro ponto frizado por ele foi quanto ao pagamento de pisos que deixam os Municípios com os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) comprometidos. Sobre as creches, Ziulkoski falou que apesar de as creches não serem obrigatórias, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou pela obrigatoriedade do poder público de garantir vagas em creches e pré-escolas para crianças de 0 a 5 anos. “Os Municípios terão que atender cerca de 7,7 milhões que estão fora das creches. O impacto da decisão do STF é de R$ 151 bilhões/ano”, disse o presidente da CNM. 

Durante a apresentação, o presidente aproveitou para mostrar ações que a CNM tem promovido com o escopo de apoiar os Municípios a enfrentar questões que também geram impacto nas finanças municipais. 

*Com informações do Portal CNM 

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