Amunes reforça alerta sobre escassez hídrica no Estado

Situação é ainda mais preocupante na Região Norte

| Assessoria de Comunicação

A estiagem e a baixa vazão nos principais rios e cursos d'água de domínio do Espírito Santo estão causando muita preocupação e colocando os municípios em estado de alerta. A escassez hídrica é preocupação em todo o Estado, mas a situação é mais crítica na Região Norte. 

A Prefeitura de Montanha, inclusive, decretou situação de emergência nas regiões afetadas pela severa estiagem. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Município. “Com este decreto, nossos produtores rurais poderão renegociar dívidas com bancos, financeiras e instituições financeiras no geral. Eles estão amargando um triste prejuízo com suas lavouras por conta da seca, acumulando um prejuízo na margem dos R$ 200 milhões, calculados pelo Incaper”, disse o prefeito de Montanha, André Sampaio. 

O Rio São Mateus, no Norte do Espírito Santo, tem enfrentado situação crítica: a vazão do manancial está em 2%, o que significa que apenas 4.580 litros de água por segundo estão passando pelo rio – o normal são 250 mil litros de água por segundo. 

O Rio Doce, que passa pelas cidades de Baixo Guandu, Colatina e Linhares, também está com vazão bastante reduzida, de apenas 17%. Em Jaguaré, a estação central da Bacia do Jundiá está com volume baixo e, por isso, o município iniciou um sistema de racionamento de água no horário entre 20h e 23h. Barra de São Francisco também iniciou racionamento do consumo de água, com interrupção diária do abastecimento da rede pública das 21h às 5h. 

O governador Renato Casagrande disse que o Governo do Estado vai inaugurar mais barragens para combater a seca. “Nós fizemos barragens em diversos locais. Vamos inaugurar uma em Linhares, temos a de Pinhheiros, Montanha, Mucurici e Pedro Canário. Nós estamos agora fazendo projeto de Ponto Belo e de Pedro Canário. Então, em diversos locais do Norte do Estado, temos barragens ou feitas, ou sendo construídas, ou em projeto. Agora mesmo em Aracruz publicamos um decreto para fazer uma grande barragem para poder dar segurança aos moradores", disse o governador em entrevista. 

No dia 08 de dezembro, a Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) decretou Estado de Alerta sobre a situação hídrica no Estado, apresentando algumas medidas restritivas a serem seguidas pelos diversos setores usuários da água. Ações reconhecidas como promotoras de desperdício de água ficam passíveis de proibição e penalização pelas prefeituras. 

“O Governo do Estado por meio da Agerh e de outras instituições estaduais está atuando de forma integrada na gestão da escassez hídrica que estamos vivendo. A Agerh segue monitorando intensamente os dados de vazão dos rios e estamos tomando as medidas necessárias para que tenhamos uma economia maior de água durante este período que a vazão dor rios está mais baixa. Neste estado de alerta, precisamos somar esforços para o uso racional da água”, ressaltou o diretor-presidente da Agerh, Fábio Ahnert.

Algumas medidas do Estado de Alerta: 

  • Usuários de Recursos Hídricos

- Redução de 20% do volume diário outorgado para a finalidade de irrigação;

- Redução de 25% do volume diário outorgado para as captações de água destinadas à finalidade de consumo industrial e agroindustrial; e,

- Redução de 35% do volume outorgado para as demais finalidades, exceto usos não consuntivos.

- Fica proibido a perfuração de poços tubulares (artesianos), exceto quando comprovadamente destinados ao abastecimento humano.

  • Agricultura

Devem adotar o período noturno para a irrigação dos cultivos e ampliar o uso racional da água para a redução do consumo.

 Exceto:

- Captações em cursos de água superficiais destinadas à irrigação localizada de olericulturas, limitadas a uma área de 02 (dois) hectares por propriedade;

- Cultivos em estufas, com sistema de irrigação por microaspersões ou irrigação localizada;

- Cultivo hidropônico;

- Viveiros para produção de mudas.

  • Prefeituras Municipais e demais órgãos fiscalizadores,

Recomenda a proibição e a penalização, quando necessário, de atividades notadamente reconhecidas como promotoras de desperdício de água, tais como:

- Lavagem de vidraças, fachadas, calçadas, pisos, muros e veículos com o uso de mangueiras;

- Irrigação de gramados e jardins;

- Resfriamento de telhados com umectação ou sistemas abertos de troca de calor;

 - Umectação de vias públicas e outras fontes de emissão de poeiras, exceto quando a fonte for o reuso de águas residuais tratadas.

 

Informações à Imprensa: 
Assessoria de Comunicação da Amunes
(27) 99802-7655
comunicacao@amunes.org.br

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