45 cidades capixabas já podem receber cartão-desastre

Não haverá limite de gastos, garante governo federal

| Assessoria de Comunicação

São 45 prefeituras que já podem receber o cartão-desastre para iniciar a recuperação das cidades atingidas pelas chuvas. Esses municípios foram os primeiros a ter a situação de emergência decretada pelo governo do Estado e reconhecida pelo Ministério da Integração Nacional.

O Estado tem, até agora, 54 municípios afetados pelas chuvas dos últimos dias. Nove deles ainda não tiveram a situação de emergência decretada, mas estão providenciando a documentação necessária.

Nesta situação estão Brejetuba, Governador Lindenberg, Itapemirim, Marataízes, Marechal Floriano, Marilândia, Presidente Kennedy, São Roque e Sooretama. Nesta sexta-feira (27), oficiais da FAB resgataram famílias que estavam ilhadas há vários dias em localidades de Baixo Guandu.
criação do cartão foi anunciado nesta sexta-feira (27) pela presidente Dilma Rousseff, que sobrevoou as cidades atingidas pelas chuvas em Minas Gerais. O cartão será utilizado pelos municípios em estado de emergência ou de calamidade.

Durante a visita a Governador Valadares, Dilma voltou a criticar a burocracia para a liberação de recursos nos casos de desastres naturais, e lembrou que os municípios atingidos receberão o cartão para pequenas obras e limpezas de rua e construção de pontes.

Apesar de o montante de recursos ser ilimitado, a presidente cobrou o controle dos gastos. “Damos o cartão e controlamos o que o prefeito vai gastar. Em princípio, não tem limite, mas estamos de olho, porque dinheiro público é dinheiro público”, disse.
 

“A primeira ação é evitar que haja mais mortes em função das chuvas através da utilização de mecanismos de alerta, como pluviômetros, radares e mapeamento de risco das cidades com histórico de inundaççes, desabamentos e desmoronamentos”, disse a presidente.

A segunda ação é o trabalho de reconstrução, não só da infraestrutura, como pontes, casas e estradas, e também o envio de ajuda em forma de remédios, material de limpeza, cama, mesa e banho.

“A terceira e mais importante ação é o trabalho de prevenção, feito por meio de obras de contenção de enchentes, encostas, e aççes para evitar o assoreamento”, concluiu a presidente.
Descrença

O presidente da Associação dos Municípios do Estado (Amunes), Dalton Perim, se mostra cético quanto ao funcionamento desse tipo de ajuda. “Parece mais uma medida para criar um ambiente que mostre que o governo federal está ajudando o Estado e os municípios”, desconfia Perim que é prefeito de Venda Nova do Imigrante.

Ele lembra que muitos municípios já estavam trabalhando com um cenário difícil, devido à redução na arrecadação. “Agora, a situação é bem mais complicada e se o governo federal não ajudar, efetivamente, a situação vai se complicar”, afirma Perim. Com atividade econômica quase parada, vai haver desemprego, avalia.

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