Economia do ES cresce 2,3% em 2024

Estado tem segundo ano de resultado positivo seguido, de acordo com os dados do Observatório Findes

| Assessoria de Comunicação

O Espírito Santo registrou um crescimento econômico de 2,3% em 2024, conforme dados divulgados pelo Observatório Findes. Esse avanço reforça a consolidação do estado como um polo econômico estratégico na região Sudeste, impulsionado por setores como indústria, serviços e agronegócio. O resultado positivo reflete a resiliência da economia capixaba, mesmo diante de desafios nacionais e internacionais.

Dentre os setores que mais contribuíram para esse desempenho está a indústria, com destaque para os segmentos de petróleo e gás, celulose e mineração. O setor de serviços também teve papel fundamental, impulsionado pelo turismo, com o crescimento do fluxo de visitantes e investimentos em infraestrutura. Além disso, o agronegócio seguiu como um dos motores da economia estadual, com exportações expressivas de café e fruticultura.

O crescimento de 2,3% também reflete o impacto positivo de políticas públicas voltadas para a atração de investimentos, melhoria do ambiente de negócios e capacitação profissional. O incentivo à inovação e ao empreendedorismo tem sido um diferencial para o fortalecimento da economia local, gerando novos postos de trabalho e aumentando a competitividade das empresas capixabas.

Apesar dos avanços, desafios ainda se impõem para garantir a continuidade desse crescimento. A necessidade de investimentos em infraestrutura, educação e tecnologia é essencial para manter o ritmo de desenvolvimento e diversificar ainda mais a matriz econômica do estado. A previsão é que, com a manutenção de um ambiente favorável aos negócios e ao investimento, o Espírito Santo continue a expandir sua economia nos próximos anos, consolidando-se como um dos estados mais dinâmicos do país.

O presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Paulo Baraona, lembrou que o ano de 2024 começou com uma expectativa mais positiva, porém, o ano foi de desafios. A Taxa Selic, por exemplo, começou o ano em queda, mas no meio do caminho, mudou sua trajetória e terminou em alta, chegando a 12,15%.  

“Apesar da elevação dessa taxa impactar o investimento, o tornando mais caro para o empresário, o ES vem recebendo projetos significativos a curto e médio prazo. Como o recentemente divulgado pela Petrobras (R$ 35 bilhões para o Espírito Santo até 2029); a implantação de um laminador de tiras a frio e uma linha de revestimento contínuo pela ArcelorMittal (R$ 3,8 bilhões); e a repactuação do contrato da ECO-101 com a ANTT (R$ 7 bilhões)”, explicou. 

Ainda de acordo com Baraona, atualmente, a Findes tem mapeado, na Bússola do Investimento, um montante superior a R$ 103 bilhões em investimentos produtivos confirmados até 2030. “Cerca de 92,7% desse valor tem como origem capital misto ou privado. Além disso, do total a ser aportado, R$ 78,5 bilhões, ou seja, 75,8%, são provenientes do setor industrial capixaba. Isso mostra o quanto a indústria está se mobilizando e buscando manter o seu crescimento sustentável no Estado”, comentou.

Já a gerente executiva do Observatório Findes e economista-chefe da Findes, Marília Silva, apontou que para 2025, as perspectivas são mais moderadas. De acordo com a projeção realizada pelo Observatório Findes, espera-se um crescimento na atividade econômica do ES em torno de 0,5%. 

"Aqui temos que observar alguns pontos. Por um lado, temos uma expectativa de aumento da produção de minério de ferro e da produção de petróleo e gás no Estado, contribuindo positivamente com o resultado. Por outro, a bienalidade negativa do café, a expectativa de taxa de juros elevada, os efeitos da política estadunidense e a estabilidade no crescimento econômico global podem ser desfavoráveis para o Espírito Santo. Vale lembrar que a projeção que fazemos pode mudar ao longo do ano, devido aos fatos novos que surgem na economia”, declarou a economista. 

Com informações do Observatório Findes

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