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Novos indexadores das dívidas não se aplicam as previdenciárias
Em 2016, as dívidas dos Estados e Municípios com a União serão corrigidas pelo Ãndice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais 4% ou pela taxa básica de juros Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) - o que for menor.
| Assessoria de Comunicação

Um decreto publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 29 de dezembro, regulamentou a mudança dos indexadores das dívidas e passa a vigorar a partir de fevereiro de 2016.
No entanto, a nova medida não se aplica aos saldos devedores das dívidas previdenciárias e que o montante a ser renegociado inclui especialmente as capitais e Municípios de grande porte. A CNM analisou o texto, a partir do Decreto 8.616/2015, e esclarece que, atualmente, o reajuste ocorre pelo Ãndice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) mais 6% a 9% ao ano.
O decreto regulamenta a Lei Complementar 148/2014 e traz a mudança que afetará tanto o cálculo do estoque quanto o fluxo da dívida. A publicação autoriza a União a adotar as novas condiççes nos contratos de refinanciamento e propçe que isso já ocorra partir de fevereiro. Outra inovação é a concessão de desconto sobre os saldos devedores dos contratos de refinanciamento de dívidas dos Estados e dos Municípios. Isso, em relação à diferença entre os saldos existentes, em 1.ª de janeiro de 2013 e aqueles apurados até a data, pelo recálculo das dívidas com a variação acumulada da taxa Selic desde a data de assinatura dos contratos.
Dados da CNM indicam que o saldo das dívidas dos Municípios com a União era de R$ 18,1 bilhçes, em 2000. Valor que saltou para R$ 69,3 bilhçes, em 2013, mesmo com a amortização de R$ 36,3 bilhçes, ocorrida durante o período. Um exemplo é o Município de São Paulo (SP) devia R$ 12,4 bilhçes – o que corresponde a 68,8% do total da dívida dos municípios junto à União – no início do período. Em 2013, mesmo com o pagamento de R$ 21,7 bilhçes, o saldo devedor do Município atingiu o valor de R$ 58,5 bilhçes, correspondendo a 84,5% do total da dívida.
Além disso, a entidade municipalista alerta que, apesar de o indexador das dívidas ser um problema para os gestores, os problemas financeiros que levaram à s Prefeituras, em sua totalidade, ao cenário atual de crise foi causado principalmente pelo aumento das competências repassadas aos Municípios, que não foi proporcionalmente acompanhado pelas receitas dos mesmos.
Portal: CNM
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